Alô, você! Como está indo seu feriado?
Para te ajudar a relaxar nestes dias de descanso, trazemos hoje uma seleção de textos publicados recentemente lá no nosso portal. Pega seu chá ou seu café e vem conferir quem aboiou conosco nos últimos tempos.
🐂 BALAIO
“minha história não está submersa com a Vila Amaury / nem soterrada com os trabalhadores da construção / vez em quando vem à superfície / no repente nordestino / nos adágios deixados pelos operários na laje do Congresso Nacional / nos rostos melancólicos e cansados daqueles / que pegam a condução para trabalhar no Plano Piloto.”
Iolly Aires compartilhou com a gente a sua poesia. Vem ler!
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“Meu pai parecia conhecer um código misterioso que poderia significar o fracasso ou o sucesso dos nossos passeios e viagens, além de garantir que nossa vida se mantivesse em segurança, afinal uma pastilha de freio deteriorada e um rolamento não substituído, para a imaginação de uma criança, poderia acabar em capotamento seguido de explosão.”
No time da prosa, temos o conto Sonata para pistões e êmbolos, de Daniel Baz.
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“Sob a lua que se eleva / Sobre a ilha de Goreia / Os Anjos do mar. / Que diriam seus olhos / A ver, submersos / A estrela de Davi / E a sua luz neon?”
Trecho de um dos sete poemas de João Paulo Bense.
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“Talvez esteja morta, ou então está fingindo. Porque, talvez, no seu sistema nervoso tenha saltado um alarme quanto à minha pessoa. Às pessoas, em geral. Um alerta de inimigo. De predador. Um alerta de atenção-talvez-esse-animal-gigante-que-faz-xixi-sentado-queira-te-comer. De novo, G.H. E eu não queria pensar em G.H. e nisso tudo, muito menos antes do café da manhã.”
Essa aqui é uma palhinha da última crônica de Yvonne Miller.
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“Um bicho enorme atravessa a rua no centro da cidade / tão cotidiano quanto o foto-na-hora-foto-vendo-ouro-compro-cabelo / um pouco maior do que o pirulito da praça sete, / faz uma sombra estranha no encontro das avenidas / e caminha lentamente ao lado daquela placa que diz / proibido virar à direita, proibido virar à direita”.
Pra fechar, temos uma seleção de poemas de Isabella Bettoni, extraídos do seu livro Não tentar domar bicho selvagem.
Lembrando que estamos recebendo originais para o portal até dia 31 de agosto, hein? Vale qualquer gênero e não tem tema pré-determinado. As especificações de tamanho e formato do texto você encontra aqui no nosso site.
A gente se despede com o voto de que você esteja aproveitando o feriado para recarregar as energias. Vai ser preciso, porque tem muita coisa legal vindo por aí.
Agradecemos a confiança no nosso trabalho e todo o apoio que a nossa comunidade nos dá. Como sempre: não esquecer que o canto é conjunto.
Equipe Aboio