Oi! Tudo em ordem por aí?
Hoje, nosso convite é para o pessoal de Belo Horizonte e região! A autora Juliana Slatiner estará na cidade para o lançamento de seu romance Eu era uma e elas eram outras na próxima quinta-feira, dia 11. Esperamos vocês lá na Quixote Livraria (Rua Fernandes Tourinho, 274) a partir das 18h30.
Enquanto não tem um lançamento aí na sua cidade, que tal ver o que andou rolando lá no nosso site?
✍️ Olha só quem andou aboiando por aqui!
“A atriz de dezenove anos responde com evasivas às perguntas sobre o teste do sofá. Não confirma nem nega. Prefere manter a aura de mistério e sacanagem diluída na imagem de uma novata. É óbvio que ela jamais aceitaria um convite sexual em troca de um papel, mas aproveitou outra carta na manga para conquistar a vitória. Depois do teste, e a par dos vícios da equipe fartamente divulgados em comentários nas redes sociais, retirou um pequeno saco plástico com fecho de ziplock do bolso e aspirou ali mesmo, na frente de um trio de rostos entediados, cerca de duas gramas de cocaína com 70% de pureza, uma raridade no mercado de substâncias ilegais. Ofereceu ao júri uma pazinha de tomar sorvete como bônus.”
Daniel Amorim compartilhou seu conto Ela dança conosco
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“A cerveja chega na outra mesa. Com o canto do olho vejo a garçonete sinalizando na nossa direção. Agora a bola está com eles. Nem sei o que espero. Que mandem outra pra cá? Que cheguem junto pra saber o que fizeram pra merecer esse obséquio meio antiquado numa quinta-feira qualquer? Um joinha por cima das cabeças que nos separam? É, no mínimo isso. No mínimo algo. No mínimo qualquer sinal de que aceitam o pedido de desculpas. Mas não vem nada. Bebem a cerveja, pedem outra, juntam o casco ao anterior embaixo da mesa.”
Em sua última crônica, Yvonne Miller tenta resolver um desentendimento entre vizinhas
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“Eu só não te ligo porque / acredito (sem pensar muito a respeito) que / não é hoje que acaba o mundo. / Mas, / se aquela bola de fogo se mostrar / a uma distância maior / que a do Uber até a sua casa, / eu vou. / Pensar nisso não quer dizer / que eu deva te ligar agora: / não há sinal de bola de fogo, / e eu tenho / pilates.”
Agenda e mais três poemas de Luísa Caetano
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“O medo é o oposto de uma mulher. À luz do dia é que ele dança, dentro dos homens é que ele mora. É por isso que além da vida recebi da minha avó também o nome: Maria. E uma ideia de revolução: Felipa. Feito de um avô, que só conheci pela falta. Dentro dela ele era só uma promessa de amor, uma marca de abandono. Tudo num detalhe. Um homem chamado Felipe que atravessou o corpo da minha avó e ela me entregou com as mãos transformado em nós: Maria Felipa. Sem dizer ela me entregava uma arma. A ave antiga sobrevoava o humano para antever minha luta.”
Maria Felipa, um conto visceral de Ana Paula Moreira
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“Ler é o meu momento de prazer, admiro muito várias autoras e a forma como cada uma conta e o que conta, mas não sei até que ponto a leitura é decisiva no que escrevo, acho que pesco mais em outras linguagens, se tratando de produção de artes… a música, o cinema e as artes plásticas me influenciam muito na construção de imagens e ter outras referências. Para o meu trabalho visual busco referências na literatura, é tudo na contramão. Acho que isso me aprisiona menos nas ideias, quero me manter aberta para os sinais que chegam de todos os cantos. Na minha cabeceira sempre tem muita poesia e contos. São muitos nomes, mas os que sempre estão comigo são Conceição Evaristo, Sylvia Plath, Maya Angelou e Eneida.”
Monique Melcher falou sobre seus processos criativos, inspirações e muito mais em entrevista a Adriane Figueira
📚 PRÉ-VENDAS
O que está no forno pra você se deliciar! Lembrando que, ao comprar na pré-venda, você garante um desconto, além de ter seu nome nos agradecimentos de todas as edições da obra.
Dama de Espadas – até 05 de maio
O romance de Mariana Figueiredo é dividido em duas narrativas: a carta de uma mulher que está sob ameaça e a investigação do perito Michel Le Goff sobre o incêndio na Catedral de Notre-Dame. Os relatos se cruzam num zigue-zague de memória, catarse e confissão. Com inspirações vindas do horror e do sobrenatural, a autora explora a sutileza de relacionamentos violentos e a brutalidade dos enigmas miúdos em justaposição. O livro também está disponível na plataforma Benfeitoria junto de algumas recompensas bem legais.
🗣️ RECADOS DA COMUNIDADE
Diante das notícias de censura ao romance O avesso da pele (Cia. das Letras, 2020), a Ria Livraria convidou Jeferson Tenório, Airton Souza e Henrique Rodrigues para debater formas de enfrentar o cerceamento da arte e o conservadorismo nas escolas. O bate-papo acontece no dia 13 de abril, um sábado, às 19h30. A Ria fica na rua Marinho Falcão, 58, do ladinho da estação Vila Madalena (linha verde).
🗞️ POR AÍ
A mãe verde, conto que abre a o livro Jiboia, da Cecíla Garcia, foi publicado na revista portuguesa InComunidade. Já o conto que dá nome à coletânea está disponível aqui em nosso site.
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Até quinta para o pessoal de BH e até a próxima sexta para quem é de outras regiões,
Equipe Aboio