✒️ #22 Balaio: Cantos e convites
Aboios no nosso site e lançamentos em Porto Alegre e São Paulo
Olá, olá! Tudo bem por aí?
A edição de hoje chega um pouco mais cedo à sua caixa de entrada com uma seleção rápida dos últimos textos publicados em nosso site e convites para festejar nossos lançamentos mais recentes.
Hoje mesmo, em Porto Alegre, temos um encontro marcado com Luis Felipe Abreu e seu As rimas internas lá na Livraria Clareira (R. Henrique Dias, 111) a partir das 18h30. O romance de estreia do autor é também uma homenagem à cena literária vivida por figuras como Ana Cristina César, Sylvia Plath, Alejandra Pizarnik e Caio Fernando Abreu, seu tio. A obra acompanha Luiza ao longo de sua investigação sobre a vida de Flora L., o grande símbolo da cena poética de 1980, cuja morte é cercada de mistérios. Tem um trechinho do livro disponível lá no nosso site.
Avançando no mapa e no calendário, semana que vem tem lançamento em São Paulo. Esperamos vocês na Casa Lúpulo (R. Major Sertório, 282) para celebrar Eu era uma e elas eram outras, de Juliana Slatiner, das 19h em diante. Um romance eletrizante que reflete sobre silêncio, comunhão e a condição feminina a partir da história de uma brasileira presa no Nepal. Quer um gostinho do livro? É só acessar o nosso site.
Convites devidamente feitos, é hora de ver o que andou rolando no nosso portal.
✍️🏽 Olha só quem andou aboiando por aqui!
“Naquilo que ofereço habita um espanto / Nem tão abominável para te afastar / Nem tão propício para utilidade pública / Entretanto, há um fator de atração entre ambos / Soletro teu nome como se erguesse uma torre / Os espaços em cada uma das letras / Minha respiração se ausenta até que eu / Consiga terminar os gestos do teu nome”.
Atravessado é um poema de Lucas Pimentel, que usa a literatura pra preencher suas lacunas genealógicas
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“Achei fofo ele me prevenir. Focada como estava na minha busca, poderia facilmente ter pisado no vazio e zás! – lá se vai um pé ou um fêmur quebrado. O moço poderia muito bem não ter me avisado; no fim das contas não me conhece nem nada. Mas ainda há pessoas no bairro que se preocupam e zelam umas pelas outras, uma ética comunitária pairando pelos ares malcheirosos, porém afetuosos, do Papicu. De repente me senti imensamente feliz e privilegiada em morar aqui e poder fazer parte dessa grande rede de apoio vizinhal. Melhor bairro da cidade – em toda Fortaleza não há cidadão melhor do que o papicuense! Agradeci ao jovem com meu melhor sorriso.”
Em sua última crônica, Ética fétida, Yvonne Miller se surpreende com os motivos por trás da gentileza de sua vizinhança
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“a palavra ar / parece / herdeira / direta / de um tempo primevo / onde as coisas mais fortes / se diziam / com economia / tal qual sol / tal qual lua / tal qual tu”.
A poeta beta(m)xreis compartilhou conosco Legados e mais três poemas
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“Mas, afinal de contas, por que estou me dedicando a apresentar-lhes assim, aos trancos e barrancos e sem nenhum retorno pecuniário, uma figura tão desconhecida do público brasileiro? Por que traduzir escritos de alguém cuja biografia aparentemente parece transcorrer tão placidamente quanto o desenvolvimento de sua obra? Bom, em certa medida, em parte a resposta está contida na pergunta, porém não só.”
Na última edição da coluna A Fresta, Natan Schäfer apresenta a terceira das cinco duplas sobre Sarane Alexandrian
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“Atrás de meu corpo olhos cegos / no meu copo pedaços do outro / passo do medo batendo dentes / saco a alquimia desses bandos / que gracejam mais um voo raso / olhos cegos, inertes se deslocam / quase posso ouvir a engrenagem.”
Olho cego do som é um dos sete poemas que Érica Magni oferece numa dobradinha de português e francês
Ficamos por aqui hoje! Esperamos nossos leitores portoalegrenses e paulistanos nos lançamentos para celebrarmos esses dois títulos tão legais.
Até a próxima,
Equipe Aboio