Olá, olá! Tudo em ordem?
Mais uma quinzena se passou, e já é dia de Top Hits da Aboio outra vez. Uma seleção dos textos mais lidos no nosso portal nos últimos 15 dias.
Antes, porém, vale lembrar que você pode ter algum trabalho nos nossos pastos! A X Chamada do Portal Aboio continua aberta, mas só até dia 28, a próxima quarta-feira. Não tem tema nem gênero definido, pedimos apenas uma atenção especial à formatação do documento na hora de mandar seu texto. Os detalhes estão explicadinhos aqui no formulário de envio.
E por falar no nosso site, soltamos por lá um spoiler de As rimas internas, romance de estreia de Luis Felipe Abreu que está em pré-venda (os detalhes estão mais pra baixo). Ah, e vale ficar de olho no perfil do Instagram do autor também; ele fez alguns posts bem legais sobre o livro pra gente curtir enquanto a obra ainda está no forno.
Bom, recados dados, vamos ao nosso Top 5?
✍️🏽 Olha só quem andou aboiando por aqui!
“mas é do que se acimenta na lembrança que as relações se significam. e a história quimérica dá lugar à suspeita possível: a folha, a obra que se aplaina aos dedos esticados, encontra-se elaborada no rio corrente da letra. de mai y juanca, ¡qué lo disfrutes! buenos aires, 30/xii/2015. no livro ocre, a dedicatória no pé da primeira página revela a marca do compromisso. grafado em tinta azul, o convite à leitura soa como uma convocação inadiável.”
No ensaio Na borda de onde posso lhe contar, o trabalho de Alejandra Pizarnik sob o olhar minuncioso de Victor Hugo Turezo
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“Tu não morres. Sombra escorrendo escuro adentro. A respiração / imóvel é um céu dentro de mim. / Eu deito-me sob o céu e envelheço sem ninguém me ver.”
A escritora e psicanalista Flora Nakazone compartilhou conosco um poema
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“Sendo assim, achamos muita ousadia quando, dia desses, apareceu uma meia porção de cachorrinho aqui na porta do apartamento para arrumar briga com Chico. Devo explicar que, para melhor circulação do vento, costumamos deixar todas as portas abertas – inclusive a da entrada. Colocamos uma daquelas gradezinhas de cachorro para que ele não saia, e pronto. Poderia arrombar o portãozinho? Nada mais fácil. Poderia pular por cima? Sem o menor problema. Mas ele não sabe e, aqui entre nós, acho que nem quer. Porque o que ele mais curte é ficar pertinho da gente. Só foge quando vê um secador de cabelo, mas essa é outra história.”
Coragem - ou: uma montaria no quarto andar, última crônica de Yvonne Miller, é um relato de querelas caninas
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“movimentos em tempo infinito: / a mecânica celeste. / como garantir respostas? / permanece sobre si mesmo / no pior dos casos, / bastante próximo”.
Número negativos e mais dois poemas de Mariana Tenorio
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“Não sou uma especialista no tema, sou apenas uma leitora/espectadora curiosa que deseja companhia — ainda que invisível e distante — para atravessar essa estrada longa feita de escuro. A perda é uma experiência compartilhada pelos seres viventes, mas é o modo como cada ser lida que torna essa experiência tão subjetiva, enigmática. Há, nos discursos ficcionais da literatura e do cinema, uma exposição excessiva do luto e seus processos, suas linguagens e seus silêncios.”
Adriane Figueira analisa o luto em duas obras pela perspectiva freudiana no ensaio “Doce Amanhã” e “All of Us Strangers”: O efêmero, o luto e a “redenção” em perspectiva
📚 PRÉ-VENDAS
Os títulos que estão no forno pra você se deliciar! Lembrando que, ao comprar na pré-venda, você garante um desconto, além de ter seu nome nos agradecimentos de todas as edições da obra.
As rimas internas - até 24 de fevereiro
O romance de estreia de Luis Felipe Abreu nos guia pela aventura existencial-literária da jornalista Luíza, responsável por escrever a biografia da arredia poeta Flora L., uma mistura fictícia de figuras como Ana Cristina César, Sylvia Plath e Alejandra Pizarnik. Ao mergulhar na vida da escritora, a narradora se perde num labirinto literário que faz diversos acenos à república das letras do mundo real.
“Minha proposta foi tentar uma prosa que vai crescendo no seu aspecto de delírio. Ficando cada vez mais afetada e fabril, para gerar no leitor a impressão da ‘contaminação’ passada pela narradora, que mergulha na figura de Flora e passa a confundir a realidade com as memórias e impressões da poeta”, explica o autor.
Obrigado pela comida - até 05 de março
Depois de trazer diversos títulos de prosa nórdica para o Brasil, chegou a hora da poesia do norte europeu aterrisar por aqui com a Coleção Edda Poética.
O primeiro autor da coletânea é Jon Ståle Ritland, cuja exploração apaixonada pela comida foi traduzida por Leonardo Pinto Silva com apoio da NORLA, agência norueguesa de fomento à literatura do país. A edição conta também com ilustrações de Magne Furuholmen, da banda A-Ha.
🗞️ POR AÍ
Ontem, Otto Winck, autor de Forte como a morte, sentou-se virtualmente com Vitor Zindacta, do Post Literal, para um bate-papo sobre o livro. A live está disponível na íntegra aqui.
Já Cintia Brasileiro, que escreveu Na intimidade do silêncio, tem dois compromissos nos próximos dias. O primeiro é uma mesa no Festival Literário de Birigui no sábado, dia 24, às 19h, no Estúdio do Grupo Dls/Comunicação (Av. João Cerniach, 2605). Na segunda-feira, 26, o evento é virtual: um bate-papo com Taís Campolina a partir das 19h.
Ficamos por aqui hoje. Que delícia essa edição cheinha de opções de leitura e eventos, né? E vê se não marca bobeira com a X Chamada, é só até a próxima quarta.
Estamos ansiosos pra ler o que vocês andam escrevendo por aí.
Até semana que vem,
Equipe Aboio
Obrigado pela partilha. Pizarnik é uma das minhas favoritas, tal como Adilia Lopes ou Glória Fuertes