Alô, alô, comunidade Aboio! Tudo bem por aí?
Temos avisos, convites e recados hoje, então vamos por parte para você não perder nenhuma informação.
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LANÇAMENTO TRIPLO NO RIO DE JANEIRO
A festa conjunta para celebrar Caminhávamos pela beira, Jiboia e O sorriso do erro lá em São Paulo foi tão gostosa que decidimos repetir a dose em solo carioca. O encontro acontece neste sábado, dia 16, na Janela Livraria (R. Maria Angélica, 171B) a partir das 16h. Os autores Lolita Beretta, Cecília Garcia e Eduardo Rosal estarão presentes, além de toda a nossa equipe, reunida na mesma cidade pela primeira vez.
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PRÉ-VENDA DE PESADELO TROPICAL
Depois de uma temporada de poesia e histórias curtas, temos um romance, o primeiro de Marcos Vinícius Almeida. Pesadelo tropical é um faroeste barroco que mistura fotografias, obras de artes e recortes de mapa sem medo de explorar (e extrapolar) os limites do gênero.
No começo do século XIX, quatro mercenários são contratados pela Coroa portuguesa para formar uma aliança com os indígenas Guaicurus e ir atrás do justiceiro Januário Garcia Leal, o Sete Orelhas, na Serra da Mantiqueira. Um desses homens, um escriba, fica responsável por registrar a missão, que é apenas o começo de uma misteriosa trama: de um lado, uma perseguição sangrenta e sem misericórdia; do outro, a história de um homem escrevendo uma ficção baseada na caçada a Januário.
A pré-venda fica no ar até dia 30 de setembro. Comprando até lá, você garante desconto no livro e no frete, além de ter seu nome nos agradecimentos.
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ABOIO ACESSÍVEL
Noveletas, o primeiro livro da Coleção Norte-Sul, Noveletas, de Sigbjørn Obstfelder, agora está disponível para leitura e download no nosso site. A edição contém as novelas Liv e As Planícies, inéditas no Brasil, e o ensaio Edvard Munch: Um estudo. A tradução ficou por conta de Guilherme da Silva Braga, organizador da nossa coletânea de títulos nórdicos.
A democratização da literatura é um dos pilares da Aboio, mas, se você gosta do que produzimos, não deixe de apoiar o nosso trabalho quando puder comprando os livros físicos.
Agora, sem mais delongas, vamos ao top 5 da última quinzena!
“minha retina faminta / me deixa-transladar / me transformo em dança de captar / instantes-estantes / quero ser-eu outra / um triângulo isósceles / cones oblíquos / cilindros acesos / observo / curva, tubos, curva / braços fixo-abertos / marquise / muros futuristas / um trapézio retângulo / (que tem um lado inesperado como a gente) / num lapso viro hipérbole / hipotenusa, elipse”.
Aqui, você pode ler uma seleção de poemas do livro Escova de dentes (Paraquedas, 2023), de Cris Oliveira
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“à cinética se deve uma espécie de excesso. uma espécie de espécie de excesso que é um corpo. um entre os muitos corpos e movimentos. é difícil saber se eu ou vc pensamos. se pensei ou pensou nos lábios de demócrito. devagar a se abrirem ao sorriso. do sorriso a uma risada. desgrenhando uma gargalhada. pequena ou grande. uma gargalhada. então o eco de muitas outras pequenas ou grandes grandes mesmas gargalhadas e seu somatório infinito que no limite dava no lugar mesmo onde nunca terminamos. talvez fosse isso que viu hölderlin. ali. louco. parado. diante daquilo tudo.”
Gabriel Gonzalez compartilhou seu poema Tomar nomes e tempo naquele pequeno apartamento
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“todas as coisas / mais belas elas eram as mais / gostosas / poder falar contigo / sem medo de ser ouvido / pelos outros / poder desejar teu pelo / sem culpa de ser pego / ainda que fosse / proibido / quebrar as garrafas / estraçalhar os vidros / ainda que me fosse / destituído o poder / da destruição / Shiva da baixada / era meu desejo / (dizer Leo ao pé do ouvido / bradando baixinho / te quero)”.
Temos também Pique e mais dois poemas de Leo Nunes
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“No centro da coluna vertebral, de braços e pernas bem abertos, Josué, que a todos parecia vítima das mandíbulas de um demônio marinho, abriu os olhos e caiu no choro. Anunciou-se abençoado. Ali estava, enfim, o pedido que tanto aguardara, esculpido pelo tempo, polido pela espuma do oceano e carregado pelas ondas especificamente até ele, e correu beijar e abraçar cada uma das costelas, sorrindo e saltando, tropeçando na areia fofa, explicando, para a alegria dos turistas, que aquele era seu lar. É sua casa? Perguntavam, pois sim! E há quanto tempo? Desde que o mar me deu. E como você a conseguiu? Rezando, rezando muito, e a mão de Deus tirou da água, assim, olha, desse jeito, e colocou aqui, peça por peça, enquanto eu dormia, porque foi surpresa, entende?”
Josué e a Baleia, de Júlio César Bernardes, é parte de seu livro Onde as verdades nascem (Patuá, 2022)
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“no mais profundo do osso / no velho mundo / na casa do espírito letárgico / deitada sobre uma rocha inerte / eu durmo na ombreira da mansidão”.
Um pouquinho da poesia de
Um pouquinho da poesia de Andressa Monteiro, que mandou pra gente velho mundo e mais quatro poemas
Para terminar, temos os recados da comunidade!
FUMO – JULIANA COSTA
Juliano Costa — músico, escritor, marceneiro e fumante paulistano — debruçou-se sob um diário para relatar sua rotina enquanto registrava os primeiros dias de uma vida sem nicotina. Durante o processo, encontrou-se mais empenhado em sua escrita que na tentativa de deixar o cigarro. Ao longo das páginas e dos dias, a dúvida nasceu: escrever para parar de fumar ou fumar para continuar escrevendo? Daí surgiu o seu primeiro livro, Fumo (Editora Patuá, 2023). Escrito como um romance em forma de diário, a obra tem como principal tema a relação do personagem com o ato de fumar e o domínio exercido por esse objeto sedutor na vida do fumante, desdobrando-se também em assuntos como amizades, trabalho, rotina e sonhos.
Lembramos que essa sessão da newsletter serve para vocês divulgarem vaquinhas, lançamentos e outros projetos. Acreditamos, afinal, em construir tudo de maneira coletiva. Se quiser aparecer por aqui, é só mandar um e-mail para editora@aboio.com.br contando um pouco mais da sua empreitada.
E nunca esquecer: o canto é conjunto.
Até semana que vem,
Equipe Aboio